quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O que a idade não conta...




É... hoje é mais um dia para a celebrar a vontade de Deus de há muitos anos atrás.
É... hoje é o dia em que os números cronológicos dizem que o tempo passa.
É... hoje é o dia em que confirmo quem se importa comigo de verdade.
É... hoje é o dia em que a felicidade opera durante as 24 horas.
É... 


Hoje é o dia do meu aniversário!
Tudo bem! Todos passam por isso! Todos amam este dia!
Eu também!
Poderia ser um dia de preocupação... Ah, a vida está passando...
Contudo a contagem numérica não me assusta!


O cálculo desses dias só me fazem lembrar que a soma deles é positiva.
São mais alegrias que tristezas!
São mais vitórias que fracassos!
São mais conhecimentos que ignorâncias!
São mais fé e confiança do que incredulidade!


É o dia de acreditar que novas chance de seguir em frente Deus me deu!
É o dia de renovar as forças e acreditar que Ele acredita em mim!
É o dia de entender que a minha vida tem um propósito a ser cumprido!
É o dia de agradecer porque até aqui me ajudou o Senhor! 

A idade não conta, porém... O corpo conta! As experiências contam! As companhias contam! A memória conta! A história conta!


E afinal, quem é que conta então?A alegria propaga!A esperança anuncia!O amor grita!A fé brada!

Kézya Cristhina S. C. Freitas






segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Homenagem a minha ex-aluna!

Print do face da Renata Cristina Maia Silva


       Não nego a ninguém: amo a profissão que escolhi para a vida! 
       Não escondo de ninguém: sempre quero me superar e fazer o melhor para que meus alunos adquiram conhecimento!
       E ver o post da minha ex-aluna Renata Cristina Maia Silva me fez sentir um orgulho grande da escolha que eu fiz há algum tempo já.
       Ela sempre foi dedicada! O mérito é, com certeza, todo dela!
       Era ela que tinha uma preocupação em sempre fazer uma redação cada vez melhor. Era ela que se esforça para cuidar bem de seu português.
        Você percebia nela uma garota que sabia o seu objetivo de vida. Ela queria se dar bem! Queria fazer o melhor! Demonstrava isso no seu comprometimento com a aprendizagem!
        E o resultado? O tal amedrontador Exame da OAB não lhe persegue mais.
        Saber que contribuí para a formação escolar dessa bela garota, hoje mulher,  é para mim uma grande alegria! Mas saber que pude conviver por algum tempo com uma menina que demonstrava bom caráter, compromisso pessoal com sua formação... Ah, isso não se paga!
        Renata, parabéns! Você merece chegar aonde chegou e merece ir além!           
        Deus ilumine cada vez seus passos!
        E que não só a sua profissão a faça destacar, mas que o seu caráter continue brilhando!    
        Tem a minha admiração, mesmo de longe, mesmo  tendo passado o tempo e nos distanciado!
          Parabéns!         

Kézya Cristhina

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Por que a gargalhada de um bebê tem mais de 4 milhões de visualizações?



https://www.youtube.com/watch?v=JZmSzXJvAs8


                     Recente um casal postou no seu canal do youtube um vídeo de sua pequena garotinha assustando o seu pai, enquanto ele tentava cortar-lhe um canto da unha.  Tudo normal. Coisa de criança! Coisa de pai!                    

                      Mas, por que, incrivelmente, em poucos dias o vídeo ganha mais de 4 milhões de visualizações? É apenas uma situação cotidiana vivida por pais!

                       A razão é muito simples. Somos humanos carentes de sorrisos sinceros, gargalhadas espontâneas que não foram pagas para se ver e ouvir!                    

                   Somos carentes de verdades, somos carentes de sabedoria paterna, somos carentes de situações verdadeiras, não ensaiadas!                        

                    Por isso um vídeo tão simples torna-se viral!                    

                    Num sociedade tão maquiada, somos carentes de naturalidade!  

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Crônica da Generosidade

                         

                 Era uma vez...
             Em uma cidade pequenina, não tão valorizada assim por conta de sua extensão populacional, existia uma família que sempre se esforçou para ser gente de bem.
             O pai e a mãe, mesmo com as poucas condições de vida que tinham, faziam o possível para ensinar aos filhos respeito ao próximo, bondade, obediência, retidão e muitas outras virtudes já esquecidas em muitas pessoas.
               O fato é que os filhos foram crescendo, tomando um rumo para suas vidas, mas não perderam os bons ensinamentos dados por seus amados pais. Eles se tornaram também pais e mães de famílias felizes.
             Porém, não se interessa contar nesta história sobre os filhos. Os personagens principais são o pai e a mãe. Como é sempre comum, conduzir uma família nem sempre é fácil, principalmente se o dinheiro é contado, se as chances de adquirir bens mais valiosos, fazer viagens interessantes, dar lindos presentes aos filhos, comer em restaurantes refinados não fazem parte das opções da vida dessas pessoas.
              Embora houvesse muitos obstáculos, esses simples pais conseguiram dar aos seus filhos não aquilo que materialmente é valorizado, mas encucaram neles o dever de ser homem e mulher de valor, de adorar e servir ao Criador não por aquilo que Ele provê, mas por aquilo que Ele É, independente das circunstâncias.
             E qual é o desfecho de tudo isso? Aquele que busca fazer o bem, recebe o bem de volta  e não só isso, mas muito mais do que se pode pedir ou imaginar. As escolhas dos pais para a vida de seus filhos foram retribuídas.
             Dias, semanas e anos se passaram, e esse casal colhe ainda frutos de suas ações plantadas com generosidade na vida de seus filhos e das pessoas que os rodeiam. Ele pode escolher o seu destino e viajar em paz, porque sabe que sua prole sabe se cuidar. Ele pode fazer festa, já que têm a clara certeza de que pessoas estarão ali para celebrar com ele qualquer vitória, qualquer alegria, qualquer situação, seja ela especial ou não.
             Os dias já são muitos na existência desse pai e mãe. Muitas tempestades já viram e viveram. Muitos desertos já atravessaram. Contudo se percebe nessa dupla "comum", a presença da grande mão abençoadora do Pai Celestial sobre sua vida.
              E o final feliz é por que agora, esse homem e essa mulher só vivem para saborear os bons frutos de tudo que foi plantado ao longo da vida?
          Não! Eles agora têm mais razões para continuar sendo generosos! Eles sabem que a generosidade não é uma ação que se faz só enquanto precisa ensinar os filhos sobre a vida. Eles têm consciência de que ser generoso independe de tempo. Eles sabem que a generosidade não é egoísta, mas que ela vai além das quatro paredes e se torna mais  linda ainda quando praticada na vida daqueles que não se prendem por laços sanguíneos ou por gratidão por algo feito anteriormente.
               Esse papai e essa mamãe são generosos porque sabem que as muitas virtudes devem ser não um acessório, mas um pedaço de tecido indispensável no vestuário daqueles que receberam o dom gratuito da vida.
                 E uma nova pergunta surge. Essa história não é de muito, muito tempo atrás? 
                 Não! 
            Essa história, acredite, é bem atual! Existem neste mundo, pessoas que estão dispostas a viver e praticar algumas ações preciosas que foram perdidas com o tempo! Há gente que, verdadeiramente, ainda quer se à imagem e semelhança do seu Criador!


                Lembrai-vos: “aquele que pouco semeia, igualmente, colherá pouco, mas aquele que semeia com generosidade, da mesma forma colherá com fartura”.  2 Coríntios 9.6

Kézya Cristhina S. C. Freitas



Minha singela homenagem aos meus INCRÍVEIS pais! Papai e mamãe, amo vocês!
Continuo aprendendo com seus exemplos!


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Um brasileirinho que me encanta!



                   Hoje é dia de fazer um comentário sobre esse garotinho que me conquistou com essa tirinha que li dele! Foi amor à primeira leitura!
                Ele é o Armandinho. Para os mais íntimos, Dinho!
             A família de Dinho é composta por alguns personagens fixos. A sua irmã é a Fê, seus pais são representados apenas pelas pernas e o sapo, seu bichinho de estimação.
               O seu criador se chama Alexandre Beck! Ô homem criativo!                                       Em uma entrevista, seu autor comentou que sua intenção principal " não é fazer humor - apesar de ele conseguir isso também - mas suscitar reflexões e discussões de assuntos importantes, como a preservação da natureza e os preconceitos da sociedade, por exemplo. As metáforas e os jogos de palavras estão sempre presentes nas historinhas do menino e ajudam, de forma leve e despretensiosa, a alcançar esse objetivo."
          Segue alguns trechos de uma entrevista concedida por Alexandre, ao site Enredo Conteúdo Criativo.
              
                 Em 2009, por obra do acaso e do curto prazo de criação, nascia o menininho ainda sem nome que, meses mais tarde, tomaria o lugar da República e passaria a se chamar Armandinho, batizado por uma leitora, que justificara dizendo que o personagem estava sempre “armando alguma coisa”. Entre as tantas sugestões de nome recebidas pela redação do jornal, esta foi a que mais agradou o autor, porque além do nome, poderia usar o apelido, Dinho. “Eu gosto de nomes curtos e o apelido me facilitaria quando precisasse de espaço nas tiras”, conta. A seguir, você confere uma entrevista com Beck, contando mais sobre criador e criatura.

ENREDO CONTEÚDO CRIATIVO - Há quanto tempo você criou o Armandinho? Ou seria “concebeu” a palavra certa? De onde surgiu essa ideia?
ALEXANDRE BECK - O Armandinho praticamente apareceu “no susto”, em 2009. Na ocasião eu fazia tiras com outros personagens para um jornal, quando me pediram três tiras para ilustrar uma matéria sobre economia familiar, pais e filhos, que seria publicada no dia seguinte. Não havia tempo e meus personagens não se encaixariam na proposta da matéria. Para resolver o problema – e não negar o pedido da redação – usei o desenho de um menino que tinha pronto, de um outro trabalho. Risquei pares de pernas para representar seus pais e fiz as tiras. Seis meses depois troquei os personagens que fazia por este, que depois veio a se chamar Armandinho.

ECC - Por que um sapo de estimação ao invés de um cão ou gato?
AB - Estimar vem de gostar. O personagem e eu estimamos pessoas e animais. Tenho minhas críticas em relação a ser “dono” de outro ser, ter o outro como propriedade. O sapo é amigo, por assim dizer, do Armandinho. Ele apareceu por acaso, em uma sequência de tiras, e acabou ficando. É interessante, porque posso com ele trabalhar preconceitos, abrir possibilidades e linhas de pensamento.

ECC - Você acredita que pra mudar o mundo a gente precisa criar Armandinhos de carne e osso?
AB - O mundo está sempre mudando, por ação ou omissão de cada um de nós. Nos cabe parar pra refletir e perceber o que queremos e para onde estamos indo. Tenho encontrado muitos e muitos “Armandinhos” de carne e osso de todas as idades por aí. E sei que há muitos mais, prestes a despertar.
        
http://www.enredoconteudocriativo.com.br

              São já muitos livros publicados e adquiri-los não é perda de tempo e dinheiro. A leitura agrada tanto a crianças, adolescentes, jovens quanto adultos.































quarta-feira, 9 de setembro de 2015

São tão normais, porém fazem a diferença em nosso cotidiano!




Um "Bom dia!" acompanhado de um lindo sorriso!
Um abraço apertado!
Um aperto de mão bem dado!
Um "Deus te abençoe!" dado num tom carinhoso!
Um oferecimento de uma canção para quem gosta de ouvir uma boa rádio!
Uma surpresa singela com um botão de rosa!
Uma carta deixada sobre a cama dizendo: "Eu te amo!"
Um "Parabéns!" acompanhado de um longo abraço!
Um elogio pelo cabelo recém-cortado!
Uma gargalhada bem solta que enche  o coração do outro de alegria!
Uma frase de whatsapp que não vem de uma corrente, mas do coração!
Uma pipa voando no céu livre como uma dança aérea!
Uma cadeira puxada por alguém bem gentil!
Uma prece em que se ouve e que se percebe espontaneidade, não frases feitas!
Uma frase de ânimo: "Não se preocupe, eu estou do seu lado!"
O cheiro gostoso do almoço feito pela mamãe!
Uma notícia: "Vamos viajar!"
O cheirinho de poeira que anuncia a chegada da chuva!"
Uma gentileza ao ajudar alguém a atravessar a rua!
Uma lágrima que desce com o reencontro!
Uma despedida acompanhada da frase: "Vou sentir muita saudade!"
Uma fotografia comum; mas que, de repente, traz de volta a magia da lembrança!
Um olhar de criança que está a dizer: "Você é meu herói!"
O latido feliz e agitado do cãozinho de estimação!
A frase "Eu te amo! dita todos os dias antes de deixar os filhos na escola!
Ler um livro pela terceira vez, e do  nada, encontrar uma frase que parece nunca ter sido lida!
Chegar em casa e sentir o cheirinho de limpeza!
Abrir a geladeira e ver o seu doce preferido!
Recolher a roupa para ser lavada e ser paralisada pelo cheirinho da pessoa amada!
Ser interrompida a caminhada por alguém que diz: " Eu te conheço de alguém lugar!"
Ver seus filhos dormir como anjos todas as noites!
Seguir pelo mesmo caminho todos os dias e ter a certeza de que você está certo ao ter feito a escolha dele!
Um amigo ou alguém da família chegar em casa e vocês conversarem horas e horas sem se preocupar com o tempo que passa!
Assistir a um filme bem antigo e ele lhe recuperar muitos episódios da vida!
Ver que a roseira mais uma vez está em flor!


O que para você é normal, mas que faz a diferença em seu cotidiano?

Kézya Cristhina Sousa Castro Freitas






segunda-feira, 7 de setembro de 2015

CATIVAR e SER RESPONSÁVEL não são atos de egoísmo!



             Neste feriado de 7 de setembro de 2015, tive a oportunidade de assistir com a minha família ao filme O Pequeno Príncipe. Não é de hoje o me encantamento por esse livro do renomado Antoine de Saint - Exupery, cuja leitura já fiz em diferentes faixas etárias de minha vida. Já passei da fase do que é apenas concreto na obra literária e vislumbro algumas interpretações mais profundas dela.
               Há poucos dias, no entanto, ouvi um comentário de uma celebridade do mundo religioso que muito me inquietou. Na verdade, isso tem me feito pensar demasiadamente sobre o assunto. Essa pessoa, ao ser entrevistada, comentou que a frase "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" é bastante egoísta, centralizadora. Cheguei a pensar: Será que sou egoísta por concordar tanto com o autor desta frase?
                   No entanto, eu a vejo de uma maneira diversa desse comentário. Entendo que essa frase tenha a intenção de mostrar a importância de se criar e fortalecer os laços humanos, assim como descreve o próprio livro, Não vejo como uma transferência de responsabilidade para o outro.
                   O que vejo é sim a necessidade de mostrar aos seres humanos que cativar não é um ato tão simples, mas algo profundo e sério no campo das emoções. Quando você cativa alguém, dentro de si, há uma responsabilidade sim, a de entender que a comunhão mais intensa entre os  humanos se firmou. Significa dizer também que essa união de pensamentos, ideias, sentimentos e ações foram recíprocas. 
                     Pode o tempo passar, as distâncias separarem os corpos; contudo, quem um dia foi cativado, não por obrigação, mas por força do amor e da amizade se sentirá responsável pelo outro ser. Essa responsabilidade é natural, não se dá no campo da obrigação. Essa responsabilidade é mostrada no constante desejo de que, em qualquer lugar, essa pessoa seja feliz, tenha sucesso, saúde e viva melhor.
                    Essa responsabilidade é proclamada pelo coração, não imposto. Naturalmente, se somos cativados verdadeiramente, teremos o maior cuidado com a pessoa cativada, tentaremos sempre fazê-la se sentir bem; através de um sorriso, de um telefonema, de um e-mail, de uma mensagem de aniversário, um abraço, um cartão, um desejo de reencontro, uma oração... E mais, essa responsabilidade não é apenas na presença física. Ela se configura muito mais no campo dos sentimentos!
                       Já me tornei responsável eternamente por muitos que cativei. Isso não me foi imputado como fardo, mas como a leveza e a graça da empatia. Não me canso pelo fato de desejar e pedir ao Supremo Poderoso por tantas Veras Lúcias, Brunas, Rogérios, Donizeths, Andreias, Elens, Marias Ritas, Evas e tantos outros que guardo aqui na caixa da memória e no centro do coração.
                     Sim, eu me torno responsável eternamente por eles, porque um dia souberam me cativar! Eles não me pesam. Eles não são egoístas. Fui eu mesma que quis abrir a porta para eles morarem dentro de mim!



                     

sábado, 5 de setembro de 2015

OUVIR... GESTO DE DOAÇÃO!


Há um pensamento estrangeiro que assim diz: 


                A palavra Ouvir possui as mesmas letras da palavra Silêncio. Em inglês, claro.                                                 
             Mas neste jogo linguístico, percebemos uma sabedoria bem intensa: para ouvir, é preciso silenciar.                           
                  Mais do que nunca temos percebido no ser humano a necessidade de falar e falar para se autoafirmar no grupo em que está inserido. Parece ser uma necessidade vital, ao ponto de alguns chegarem a traçar o seguinte comentário: "Se eu não falar, eu morro.                                       
                  Será?                           
                Outros falam de si o tempo inteiro, numa atitude hedonista e narcisista. Não importa se são frases de efeito ou palavras do senso comum. O importante é se mostrar através da palavra falada.                     
                 Outros já falam do outro. Toda e qualquer pessoa é alvo de seu falatório. E infelizmente, estes estão preocupados mais em falar mal do que bem. São pessoas que consideram uma necessidade divulgar para o mundo o que elas sabem, num tom de denúncia. Como se isso fosse retirar todas as impurezas das ações humanas.                        Os serviços de mensagens instantâneas nunca fizeram tanto sucesso. A transmissão da mensagem nunca foi tão rápida e eficiente. Não temos tempo para ligar e ouvir as pessoas. Precisamos ser eficientes. Ou mandamos uma mensagem resumida ou gravamos um áudio que vá direto ao ponto.                        
              E nessa dinâmica da rapidez e da eficiência, perdemos ou nos esquecemos do valor da audição. Para ouvir, é preciso silenciar, é preciso dar ao outro a oportunidade de, entre um assunto importante e outro, desejar um bom dia, perguntar como está a família, a temperatura, contar o que aconteceu com os filhos, com o namorado, com um amor flertado, comentar sobre a temperatura do dia ou da noite...                    
             É difícil ouvir! O ouvir exige silêncio. Exige de nós atenção, exige de nós a prática de segurar as palavras que estão em nós e apreender, capturar as palavras que vem do interlocutor e quer fazer morada junto às nossas.            Ouvir é um esforço sobrenatural. Não estamos interessados em saber da vida do outro. E se estamos interessados, é porque estamos prontos a rebater uma opinião, um conceito e sobrepor o nosso pensamento em relação ao do outrem. Na verdade, nós o escutamos com um argumento previamente elaborado para desfazer o que será dito.                     
            Ouvir é silenciar. Silenciar nossas opiniões, nossos desejos para simplesmente deixar que o outro seja ele, para que a pessoa manifeste o seu desejo de falar e falar. Idosos não repetem uma história "mil vezes" porque acham que você não ouviu o fato retratado. Porém, eles repetem porque, naquele momento, querem a sua atenção, querem se sentir mais humanos, já que a condição física, as marcas do tempo os fazem sentir menos importantes.                        Quando nós silenciamos e ouvimos, a nossa atenção, os nossos olhos concentrados dizem  a outra pessoa que ela tem um valor e por isso merece sem ouvida. Sentar e ouvir são gestos de renúncia do eu e entrega incondicional para quem fala.                       
           É no momento do ouvir, que temos a oportunidade de refletir sobre a mensagem que o outro passa; é a chance de decidir o que fazer ou não fazer, avaliando o relato do outro. E o tempo que recebemos para fazer escolhas que farão diferença num momento ou para a vida toda.                        
            Quando ouvimos, mostramos a nossa humanidade e permitimos a exposição da humanidade alheia. Pais ao ouvirem seus filhos, estão dando à nova geração a chance de mostrar o que sentem e o que pensam. Filhos ao ouvirem seus pais, estão dando à antiga geração a oportunidade de mostrar que merecem respeito e confiança.                                
         Ouvir nunca é demais! Ouvir é ato de sabedoria!
Sejam todos prontos para ouvir e tardios para falar.  Tiago 1.19


Kézya Cristhina Sousa Castro Freitas                     





sexta-feira, 4 de setembro de 2015

CONFIAR NO INVISÍVEL

              

             

                     A criança recém-nascida, mesmo sem visualizar com clareza o rosto de sua mãe, sente-se tranquila em seus braços; porque percebe através do cheiro e da voz, que ela é quem supre as suas necessidades vitais e emocionais.
              E não há diferença também. Você não vê Deus, assim tem um motivo forte para não acreditar nEle. Mesmo assim, pode neste Ser Supremo confiar.
                  Mas, por quê?
                  Porque é Ele quem lhe deu a chance de viver mais um dia e, se assim o Senhor o fez, você tem garantias de que estará seguro, protegido.
                   O bebê, ao sentir-se em perigo, tem um método de pedir socorro e mostrar a sua fragilidade. Ele chora e chora e chora.
                 E você, qual é o seu grito de socorro para atrair com mais intensidade a atenção do seu Criador?
                    A ORAÇÃO. 
                    Sem dúvidas alguma, é essa a ação que mostra   que sua confiança não está no que se vê, mas no INVISÍVEL!




Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.
Hebreus 11:1

Kézya Cristhina Sousa Castro Freitas


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O que o filme "Para sempre Alice" tem a ver comigo?

          




              "A nossa conversa hoje é sobre filme? Não há nada mais importante para tratarmos? Tenho tantas atividades mais interessantes... Acho que isso não me importa". Será? Penso que deveria ignorar os muitos aplicativos do seu aparelho eletrônico e me dar um pouco de atenção. Se estiver entediante, pode parar de ler e continuar o que estava fazendo, ok.                            Para sempre Alice, um filme lançado em março de 2015 narra a história da renomada linguista Alice Howland (Julianne Moore) que, aos poucos, começa a esquecer palavras e lugares comuns do seu dia-a-dia. A doutora é diagnosticada como portadora de Alzheimer, doença que a atinge em idade precoce. Ela e a família, então, passam a enfrentar as dificuldades próprias dessa enfermidade, e o filme mostra o quanto o marido John (Alec Baldwin) e a filha caçula Lydia (Kristen Stewart) passam a ter níveis diferentes de importância no cotidiano da protagonista.            
                     É impossível não nos colocarmos no lugar de pais, amigos, irmãos que possuem entes queridos na condição da personagem da grande atriz Julianne Moore. Numa relação empática, acabamos por refletir sobre os nossos medos em relação às consequências dessa doença na vida das pessoas que amamos ou por que não dizer, na nossa vida também. Estamos sujeitos a um dia passar por este mal que não tem cura atualmente e que a descoberta  ainda está bem longe de ser alcançada.             
                Um momento importante na sequência do filme ocorre quando ela, já ciente da doença, vai apresentar uma palestra a cientistas que estudam especificamente o mal de Alzheimer. Alice planeja um discurso bastante científico sobre o tema, porém acaba alterando-o e mostra sua visão enquanto portadora desse problema. E uma frase que fez pouso e morada em minha mente foi: "Eu estou aprendendo a arte de perder todos os dias." Sabemos que a perda de lembranças recentes, lembranças remotas, o esquecimento do local de cada objeto ou o nome das pessoas são as marcas mais fortes dessa fatídica patologia.                         Se a reflexão parasse  aí, estaria bom. Contudo, essa minha mente cheia de pensamentos, que borbulham como água em uma nascente, disparou a trabalhar e mil pontos de interrogação surgiram aqui. A grande maioria de nós não tem o Alzheimer já diagnosticado cientificamente. Ainda bem! Porém, muitos de nós temos um dispositivo que nos limita a criação de memórias e que é mais sério ainda.          
                     Como assim? Você, leitor, deve estar pensando: "Quanta prolixidade! Vá direto ao ponto. O que mesmo você quer me dizer?" Quero  dizer que perdemos a oportunidade de criar muitas memórias inesquecíveis, talvez não tanto na nossa vida, mas na daqueles que nos rodeiam como pais, filhos, amigos, família, colegas de escola... Quantas vezes nos esquecemos da nossa vida real e passamos a viver a virtualmente? Quantas vezes já precisamos pedir a alguém para repetir sua fala, porque tínhamos perdido a conexão com quem está perto?  Quantas memórias já foram perdidas porque nossa atenção estava ligada a um visor? Quantas chances de ouvir, olhar diretamente nos olhos, perceber uma expressão facial e corporal nós perdemos para sempre, pois os nossos olhos estavam fixados em um aparelho eletrônico?             
                     De fato, hoje perdemos muitas lembranças, não porque somos ruins de memória, mas visto que, simplesmente deixamos a oportunidade de criá-la em nossas vidas. Quantas vezes deixamos de declarar os nossos sentimentos de amor aos nossos entes queridos que estão sentados à mesa do jantar? Quantas vezes deixamos de dedicar tempo para aproximarmos de pessoas que realmente se importam conosco? Quantas vezes deixamos de ouvir as histórias de nossos avós idosos e dar a atenção para eles, porque tínhamos que responder a uma mensagem "urgente"? Quantas vezes perdemos a chance de ensinar aos nossos filhos novas brincadeiras, novas palavras, novos bons conceitos éticos porque estamos "ocupados"? Quantas vezes perdemos a chance de conhecer melhor os que moram dentro da nossa própria casa? Quantas vezes...              
                      É... a verdade é que o Alzheimer provocado pelo mundo virtual é muito mais perigoso do que aquele que, de fato, chega com o passar dos anos. Ele não precisa de exames, diagnóstico e ressonância. Ele é visível nas mãos e na (des)atenção de muitos passantes pelas ruas, nas cadeiras das salas de espera  em consultórios e hospitais, no sofá da sala ou em cima das camas nos quartos, nos pontos de ônibus, nos bancos das praças também e em tantos outros ambientes.               
                             E assim, em meio há tantos parágrafos desanimadores, eu lhes apresento um que pode, de fato, salvá-lo dessa afecção. Nessas próximas linhas, tenho a sugestão para a cura do Alzheimer de que tanto falei e que você deve ter notado sintomas em você. Quer de fato se curar? Fica para você a receita:
                  APERTE A TECLA "DESLIGAR" E ... VIVA!
                    

Kézya Cristhina S. C. Freitas
               





terça-feira, 1 de setembro de 2015

SE TEM BRO


SE TEM BRO...


Se tem bromélias, parece que a primavera dura o ano inteiro!
Se tem brocal, é porque a vida deve ser mais enfeitada!
Se tem broa...é porque a saudade de fazenda chegou ao paladar!
Se tem bronze, é porque a vida está querendo mais cor!
Se tem broche, é porque há a necessidade de se embelezar!
Se tem broquel, é porque a vida é um constante perigo!
Se tem bronca, é porque algo foi feito errado!
Se tem brócolis, é porque a vida precisa ser mais saudável!
Se tem brotos, é porque a árvore está crescendo!

...
É...
A vida é mesmo cheia de SE TEM BRO!

Kézya Cristhina S. C. Freitas