terça-feira, 24 de novembro de 2015

A tragédia do Rio que mostrou a existência de pessoas doces.



Só quem ama o mar entende o estrago causado pelo descuido humano.
Só quem vive do mar sabe o quanto a vida ficará bem escassa.
Os peixes, as tartarugas, a vida marinha, o mar perderam sua chance de brilhar.
Agora quem  comanda as idas e voltas das ondas
São os restos desumanos dos lixos de quem a riqueza sempre quis aumentar.

Quem há de chorar mais?
Os habitantes de Mariana, Governador Valadares, Resplendor , Baixo Guandu,
Colatina, Linhares ou Regência?
Não há como comparar. Não há como mensurar.
Homens e mulheres, animais grandes e pequenos
Numa mesma proporção, todos prejudicados estão a ficar.

E quem há de se culpar?
Samarco, empresa de outras duas gigantes Vale e BHP Billiton?
Sim, essa instituição é responsável sim.
Mas a Samarco não é órgão inativo.
Ela é formada sim de muitos seres vivos.

Homens e mulheres de carne e osso, de sentimento e coração
Sentimentos de ganância, capitalismo e ambição.
Diferentes dos ribeirinhos, dos agricultores e até do artesão
Que vivia do Rio Doce para fazer a vida seguir em frente
Ignorando e lutando contra os anseios de outras
que se julgam donos do conhecimento e da razão.

O Brasil todo se mobiliza.
Todos querem de alguma forma ajudar.
Alimentos perecíveis, água e tantos outros subsídios
É uma solidariedade patriota, um gesto único, sem par!
Ainda há esperança, vale ainda pelos outros lutar?
Claro!

Não é necessário na humanidade desacreditar?
Jamais!
Enquanto há os que olham para si mesmo, num mundo egoísta,
Há aqueles mais altruístas, mais visionários
Que vê na empatia a oportunidade de ser solidário.

O desastre é cruel, as consequências são de longo prazo;
Porém, não percamos a chance de homenagear
Os atalaias da vida que querem levar esperança
para cidadãos que não veem no futuro nenhuma segurança.


Kézya Cristhina S. C. Freitas





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