sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Par ou ímpar





         Em casa, na escola, nos jogos, nas situações de escolha cotidiana, muitas vezes chegamos a uma decisão, sugerimos às pessoas que tirem "par ou ímpar". 
         Mas se pensarmos bem, na maioria das situações, isso ocorre porque nós não conseguimos chegar a um consenso e deixamos que a sorte conclua por nós.
      E o que significa isso ao fazermos uma leitura mais atenta? Entendemos que essa decisão resulta da nossa incapacidade em resolver os momentos conflituosos e, muito mais,  da nossa capacidade de ceder.
            Vemos crianças decidindo brincar de pega-pega e não ouvimos nenhuma delas dizer: "Não, não se preocupem. Eu pegarei para vocês!" E por que isso acontece? Porque, desde pequeninos, não somos ensinados a vencer nosso egoísmo e dar oportunidade ao outro.
             "Mas isso é tão sério assim? É só uma brincadeira; não é um ato decisivo para a vida!", certamente você deve estar me questionando agora.
            Não, não sou contra o "par ou ímpar". Apenas quero mostrar que, mesmo na tenra idade, temos a oportunidade de ensinar às nossas crianças que, às vezes, ceder a oportunidade, ceder o lugar para algum idoso não é sinônimo de fraqueza, mas demonstração de bom caráter, de gentileza, de renúncia em favor do outro.

Kézya Cristhina S. C. Freitas




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